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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Série de estudos sobre a Bíblia - 8ª e última parte


por:
José Augusto de Oliveira Maia
29.09.2015



A UNIDADE DA BÍBLIA

Tendo discorrido em nosso estudo anterior sobre as formas de interpretação bíblica, concluiremos este estudo com a unidade da Bíblia, isto é, como a Bíblia forma um todo coerente.

Para introduzirmos este tema, devemos responder à pergunta: "No que consiste a unidade das Escrituras?".

A unidade da Bíblia é a harmonia existente entre ideias, conceitos, afirmações, padrões doutrinário e moral, presente nos diversos textos que compõem a Bíblia, apesar da diversidade de autores humanos, estilos literários e épocas em que foram escritos.

COMO SE PODE PERCEBER A UNIDADE DAS ESCRITURAS?

Há quatro elementos principais que nos ajudam a perceber a unidade das Escrituras:

I) As alianças estabelecidas por Deus ao longo do Antigo Testamento

i) a aliança com Adão (Gênesis 3:15)

ii) a aliança com Noé (Gênesis 6:18; 9:8 - 17)

iii) a aliança com Abraão (Gênesis caps. 12, 15, 17 e 22)

iv) a aliança através de Moisés (Êxodo caps. 19 - 23; Números 25:10 - 13)

v) a aliança com Davi (II Samuel 7:10 - 16)

Podemos ver através destas passagens que Deus toma a iniciativa de celebrar uma aliança com o Homem, e soberanamente, estabelece nestas alianças seus próprios termos; estas alianças apontavam para uma aliança nova e superior, definitiva, estabelecida no Novo Testamento por Jesus Cristo.

II) As promessas feitas no Antigo Testamento que se cumpriram no Novo Testamento

i) extensão da aliança que Deus fez com Abraão a todos os gentios (Zacarias 2:10, 11; Romanos 11:17 - 24)

ii) a remoção da condenação do pecado por Cristo (Isaías 52:13 - 53:12; Colossenses 2:13 - 15)

iii) a vitória sobre a morte através da ressurreição de Cristo (Salmo 16:8 - 11; I Coríntios 15)

iv) a plenitude do Espírito Santo (Joel 2:28 - 32; Atos 2:17 - 21)

Em Cristo, as promessas feitas no A. T. se cumpriram, e assim, a aliança estabelecida por Jesus Cristo é definitiva (Hebreus 8:6 - 9:28).

III) A revelação progressiva contida na Bíblia

Iniciando com o modelo de tabernáculo revelado a Moisés por Deus (Êxodo 25:9), a aliança então estabelecida com Israel baseava-se na Lei, nos sacrifícios pelo perdão dos pecados cometidos em desobediência à Lei de Deus e no sacerdócio levítico; porém, tal aliança é transitória, e o sacerdócio e os sacrifícios inerentes à esta aliança também não durariam para sempre, como trata o escritor da epístola aos Hebreus (Hebreus 8:1 - 13); com a vinda de Jesus no tempo determinado por Deus (Gálatas 4:4, 5), uma nova aliança é proclamada, e desta vez, definitiva (Hebreus 7:22 - 24; 9:22 - 28).

IV) A interdependência entre o Antigo e o Novo Testamentos

Da mesma forma como demonstrado acima, Paulo declara que a Lei dada por Deus a Israel não justifica o Homem perante Deus, mas a fé no sacrifício de Cristo, sim; assim, a Lei tutelou o Homem até que Cristo viesse como mediador de uma aliança nova e definitiva (Romanos 3:19 - 31; Gálatas 3:23 - 29).

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