UBE Blogs

UBE Blogs

domingo, 1 de setembro de 2013

Livro: "A fé cristã - sua história e seus ensinos"




por:
José Augusto de Oliveira Maia
01.09.2013

Clique no link abaixo e veja o lançamento do livro "A FÉ CRISTÃ - SUA HISTÓRIA E SEUS ENSINOS"

https://www.clubedeautores.com.br/book/181552--A_FE_CRISTA?topic=teologia#.V9g4Yh4rLIU

 


A todos que me dão o prazer de visitar este blog e ler minhas postagens; gostaria de compartilhar com vocês alguns trechos do livro que escrevi sobre a História do Cristianismo; é fruto de um trabalho de quatro anos de pesquisa, e espero encontrar em breve uma editora que se interesse em publicá-lo; espero assim poder compartilhar tudo que aprendi com outras pessoas, na esperança de que, assim como foi uma benção para mim, seja uma benção para outros. Boa leitura!

Fim do século apostólico
Morto o apóstolo João, termina o primeiro século do cristianismo, quando Cristo manifestou-se como o fundamento da Igreja, e os apóstolos assim ensinaram aos discípulos; o desafio agora era permanecer fiel a Cristo, apesar da perseguição, e combater tudo o que contrariasse Seus ensinos, onde se manifestasse a desobediência; só uma Igreja humilde, verdadeiramente submissa a Deus, estaria preparada para este momento. (pg. 58)

Um novo mundo, um novo tempo
Analisar um período tão carregado de contradições, como este que acabamos de descrever sobre a História do cristianismo, é sempre uma tarefa difícil e incompleta.

Ao mesmo tempo em que a Igreja passou a desfrutar de uma liberdade antes desconhecida, sua aproximação dos poderes do Estado privaram-na de sua integridade espiritual; a subordinação da Igreja Oriental ao Império Bizantino, as ações da Igreja Ocidental para suprir a carência de uma autoridade estatal inexistente, e as disputas entre igrejas locais demonstram que a preocupação em permanecer fiel a Cristo e Sua Palavra fora bem maior na época da perseguição do que agora. 

Sob outro aspecto, a consolidação da doutrina cristológica da Igreja foi formidável, em resposta às diversas heresias que ameaçavam a pureza doutrinária; porém, ensinamentos sem fundamentação bíblica, como a doutrina do purgatório de Gregório I, e as celebrações dedicadas aos santos mártires e à Virgem Maria, macularam a soteriologia do Evangelho. Como já comentamos antes, a centralização da autoridade eclesiástica não garantiria a pureza da doutrina (ver página 56). A verdadeira autoridade sobre a Igreja é Cristo, que se manifesta como quiser, através de quem quiser.

Por fim, o mundo onde agora se movem Carlos Magno, a imperatriz bizantina Irene e o papa Leão III é totalmente diferente do mundo de Constantino, Atanásio e Eusébio de Cesareia; nesta nova etapa, a Igreja que se expandiu verá suas contradições afluírem até o ponto de ruptura. (pg. 189)

A reforma ficou para depois
Por todo este capítulo, o termo reforma aparece em diversas ocasiões. No período histórico do cristianismo analisado aqui, duas grandes tentativas de reforma aconteceram:

  • prelados de formação monástica procuraram livrar a Igreja da influência perniciosa do Estado, lutando contra as investiduras leigas e os males daí decorrentes: simonia, nepotismo, pluralismo e absenteísmo; ao mesmo tempo, combateram a falta de castidade do clero com a instituição do celibato eclesiástico
  • após o Cativeiro Babilônico da Igreja, uma nova onda de reformas se fazia necessária, dada a contaminação da estrutura eclesiástica por interesses seculares; durante o cisma que dividiu a cristandade europeia desde o final do século XIV até o início do século XV, o movimento conciliarista apresentava uma solução a partir de um concílio permanente que administraria diretamente a Igreja, e com poderes para julgar até o papa

Porém, obstáculos sempre frustraram as tentativas de reforma; as transformações econômicas, políticas e sociais do século XIII deram origem aos Estados nacionais, abalando a estrutura feudal sore a qual a Igreja funcionava; já no final do século XV, a centralização do poder papal, vitorioso sobre o conciliarismo, e a mudança de valores trazida pela Renascença, reviveram os vícios há muito tempo existentes na Igreja.

Assim, uma nova reforma se tornou necessária, mas para que apresentasse algum resultado palpável, deveria partir de fora da estrutura eclesiástica, e iniciar pela própria doutrina oficial, a esta altura criticada por teólogos leigos e clérigos. (pg. 279)

MISSÕES E DENOMINAÇÕES
(Anos 1.789 a 1.913)
Aspectos Históricos
Introdução

O período compreendido entre o final da Guerra dos Trinta Anos (1.648) e as vésperas da Revolução Francesa (1.789) assistiu à acomodação religiosa das Igrejas da Reforma, seguida de movimentos de reavivamento espiritual, como o pietismo alemão, o metodismo inglês e o avivamento nas colônias inglesas na América; esta renovação espiritual impulsionou os movimentos missionários ao longo do século XIX, desde as missões urbanas até as missões transculturais.

No entanto, o mundo do século XIX desenvolveu-se de uma tal maneira que o Homem foi posto diante de novos desafios, para os quais a Filosofia, a Religião, a Ciência e a Sociologia procuraram apresentar respostas, ainda sob influência dos valores do Iluminismo; na busca por estas respostas, estavam novos obstáculos às Igrejas da Reforma e sua expansão missionária, em desvios doutrinários, heresias e novas religiões; concomitantemente, a Igreja Católica teve de lidar com a consolidação do Estado moderno e a perda de poderes temporais do pontífice romano.  (pg. 428)

Acesse o link e assista ao vídeo "O pecado te ameaça à porta 2".

https://www.youtube.com/watch?v=9UTr0MVZbpQ